quinta-feira, 16 de abril de 2020

Ninguém tem fé


           
A decepção religiosa provocada pela quarentena

          Quando foi lançada a quarentena covid-19, a decepção que tive com a igreja católica e as evangélicas foi muito grande. A sensação foi de que, de fato, nem existe fé.
         Padres e bispos correndo para suas casas, deixando de atender pessoas. Pastores se escondendo. Onde estaria a fé dessas pessoas?
          Sou cristão, sempre sonhei com aquela fé que é pura, de São Pedro, dos apóstolos, dos milagres de Jesus. É isso que sempre sonhei, que sempre acreditei. Mas vendo padres e pastores, os quais professam fé, entrar na onda de pânico ou oportunismo, foi como se eles revelassem: Não, não há fé no mundo.
       Sabe o que me parece, de verdade? Eles estão nos átrios religiosos só para se esconder, ostentar, viver a vida de uma maneira que não se precisa enfrentar as batalhas diárias, onde não se precisa enfrentar a eles mesmos, recebendo cômodos donativos das pessoas, etc. e tal.
         Alguns pastores até continuam pedindo dinheiro em rede de TV. É triste ver tudo isso...
            Não houve uma mensagem espiritual de coragem, de organização, de fé. O que se extrai disso tudo: ninguém tem fé, ponto final.
          Não estou incentivando aqui ninguém a abandonar sua religião, mas chamando à reflexão.
            Meu coração queima quando vejo que estão usando o nome de Cristo em benefício próprio.
          Os últimos acontecimentos deram-me a nitidez para enxergar que, de certa forma, muitas religiões são uma fraude. A gente até tenta achar que algo está certo, mas não está. Não há uma fé pura na face da terra (se houver, desconheço). Daquela fé que remove montanhas.
           O dinheiro é o deus deste mundo e ocupa a maior parte da preocupação das igrejas. Meu avó paterno já dizia: "acabou o dinheiro, acaba a religião". As pessoas deveriam ficar por uns seis meses sem contribuir um centavo pra ver o que aconteceria. Quem sabe, assim, resplandeceria a verdadeira fé.



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