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segunda-feira, 8 de abril de 2024

Santa Tita - Primeira Santa da Igreja Ortodoxa Ucraniana da América Latina

Ícone Santa Tita e as 8 Crianças

A professora Maria Aparecida Beruski, conhecida entre os Ucranianos Ortodoxos, como a "mártir de Joaquim Távora", faleceu em 1986 junto com oito crianças na escola rural do Bairro Colônia São Miguel, município de Joaquim Távora, Estado do Paraná. 

É um história de dor e sofrimento, mas também de heroísmo, coragem, de fé e de exemplo de vida.

Segundo Jesus, não há exemplo maior de amor do que doar a vida por seus irmãos.

Maria Aparecida consumou essa palavra na prática, uma vez que ao invés de tentar em primeiro lugar se salvar. Começou a retirar as crianças que pode pela janela e quando não deu mais para salvá-las, morreu abraçada com as mesmas em um ato de amor incondicional e de proteção para com seus alunos.

Em 4 de abril de 1986, na Colônia São Miguel, em Joaquim Távora, enquanto lecionava, o botijão de gás que Maria utilizava em um fogareiro para preparar a sopa para o lanche de seus treze alunos, posicionado na única porta da escola, transformou-se acidentalmente em um lança-chamas, que acabou por incendiar a sala da escola, a qual era feita de madeira. No entanto, a professora, com o fim de salvar seus alunos, se recusou a deixar o local, conseguindo assim passar as cinco crianças menores pela janela, mas as outras oito não. Maria Beruski morreu carbonizada junto dos últimos oito alunos e entre os escombros da sala foi encontrado seu corpo, abraçada com as crianças.[4] Além da professora, as vítimas fatais eram: Tereza Luiz Rosa, de 13 anos, Carlos Luiz Rosa, de 11, Amaury M. de Queiroz, 9, Lucélia Glomba, de 8 anos, Lucimeire Borandelik, 8, Salomão Bachtich, 8, Laert Luiz Rosa, 7, e Alexandra Marim[5], de 7 anos.[6] Como o desastre teve grande impacto na região, os moradores locais começaram a orar pelas vítimas e pedir sua interseção, em culto privado, criando, dessa forma, um vínculo religioso de devoção e santidade popular, sobretudo em torno de Maria Aparecida Beruski. (Wikipédia 2023)

Maria Aparecida Beruski (Santa Tita)
O relato a seguir é interessante:

"A escola era como se fosse um salão. De repente, a botija explodiu e as chamas se espalharam muito rapidamente. O calor era insuportável. Eu era um garoto muito ligeiro e consegui sair por uma pequena janela. Já do lado de fora, puxei outros colegas. Mas, infelizmente, não foram todos que conseguiram fugir'', relembra o agricultor Celso Leonel Carvalho. Na época, ele tinha 12 anos e foi a primeira das cinco crianças que conseguiram se salvar.  (Blog Universo Ucraniano)

''Ela tinha 27 anos. Era uma pessoa muito bondosa. Amava seus alunos. Já faz algum tempo, mas para nós parece que a tragédia aconteceu ontem. Minha sobrinha deu a vida por seus alunos. Vendo o prédio pegar fogo, ela preferiu ficar com as crianças, ajudando a salvar algumas, do que fugir das chamas. É uma mártir, mas agora o nosso bispo quer canonizá-la'', comenta Maria Miskalo. (Blog Universo Ucraniano)


Túmulo de Maria Beruski e seus alunos.

Início da glorificação

Após sua morte, Maria passou a ser localmente venerada como uma mártir, tanto por seu extremo exemplo de amor como pelos milagres que foram relatados em seu túmulo, em Joaquim Távora. Em 2007, Dom Jeremias Ferens relatou que sua diocese havia reunido diversos relatos de milagres em uma hagiografia, entre eles os casos de uma pessoa curada de alergia e de uma criança que tomou querosene por engano e escapou da morte, e planejava encaminhar o processo de sua glorificação junto com o das oito crianças que morreram com ela, o que faria dela a primeira santa ortodoxa latino-americana formalmente glorificada, a ser comemorada no dia 4 de abril. (Wikipédia 2023)

Pe. em visita ao sepulcro
Assim sendo, levando em consideração a devoção do povo, a Igreja Ortodoxa deu início ao seu processo canônico internamente em 2005 e, em 2007, foi concluído um dossiê de treze páginas, escrito pelo seminarista Fabio Lins, da Igreja Ortodoxa Ucraniana, e este documento enviado para o Patriarcado Ecumênico de Constantinopla para o início do processo de canonização, de modo que a resposta final era prevista para demorar de um a três anos.[4][7] O dossiê contém informações coletadas entre 11 e 14 de outubro de 2005, em Joaquim Távora, sendo estas relatos de testemunhas que falam sobre a vida de Maria Aparecida, preces e anotações da mesma, além de serem apresentados nele as interseções e milagres da possível santa.[7]

O bispo local da Igreja Ortodoxa Ucraniana da América do Sul, Dom Jeremias Ferens, declarou, em sua entrevista para a Revista Mundo e Missão que, dentro da Igreja Ortodoxa quem elege alguém como santo ou santa é, primeiramente, o povo, não a hierarquia eclesiástica, como vista na Igreja Católica. O eparca continua sua entrevista afirmando ainda que a população local de Joaquim Távora, que conviveu e conheceu Maria Aparecida Beruski, atesta sua vida de santidade e seu ato heroico. Sendo assim, esse foi o primeiro passo para a iniciação do processo canônico de Tita na Igreja Ortodoxa, a aclamação popular. (MELNIK 2017)

No intuito de reforçar a santificação e reconhecimento de Tita para conclusão do processo canônico, está localizado na Igreja Ortodoxa Ucraniana São Demétrio, um ícone feito pelo pintor Michel Kapelhuk, em 2004.(MELNIK 2017)

Caso queira se aprofundar mais recomento um interessante Estudo sobre o processo de canonização de Santa Tita. 

                                                                        

                                                                        Adendos


A Igreja Ortodoxa Ucraniana é uma tradição cristã com mais de mil anos de história na Ucrânia. Ela segue a liturgia e as práticas ortodoxas orientais, com uma hierarquia de bispos e paróquias organizadas em dioceses. Recebeu autocéfalia (independência) em 2018, sendo influente na identidade cultural e política do país.

Melnik 2017 afirma que Maria Aparecida Beruski está no processo de canonização pela Igreja Ortodoxa, ou seja, ainda não é santa pelas diretrizes oficiais dessa instituição. 

Não encontrei informações atualizadas sobre se o processo de canonização foi concluído ou não.

Infelizmente, segundo Melnik (2017) o dossiê do processo do processo de canonização não permite acesso público.


Referências:

https://tcconline.utp.br/media/tcc/2018/10/O-PODER-DA-RELIGIOSIDADE-POPULAR.pdf

https://ucrania-mozambique.blogspot.com/2007/10/ucraniana-primeira-santa-da-amrica.html

https://www.johnsanidopoulos.com/2018/04/maria-berushko-of-brazil-and-eight.html

https://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Aparecida_Beruski


Correio de Notícias
5/4/1986


domingo, 10 de dezembro de 2023

A Lenda da Panela de Ouro - Joaquim Távora e Santo Antônio da Platina/PR

 Antigamente era comum a lenda da panela de ouro em vários lugares. O povo dizia que quem a encontrava ficava rico e sumia da comunidade, porém, uma maldição acompanhava a pessoa e ela teria os dias da vida contados.

São muitas as facetas desta lenda. Uma é que ou vem alguma visagem ou pessoa falecida ou assombração lhe contar em um sonho ou pessoalmente onde se localiza o tesouro.

Aí a pessoa precisa ir à meia noite sozinha naquele local, ou então com três pessoas. É proibido ir em duas pessoas visto que o bicho-feio as atenta para uma matar a outra por causa do ouro. 

Além disso, durante o desenterro da panela começam a aparecer sons de porcos, abelhas, marimbondos, e diversas assombrações para testar a pessoa que vai se apoderar do tesouro, a maioria corre e deixa o tesouro para trás mas, os corajosos o desenterram e ficam ricos.

Na maioria dos casos trata-se de uma alma avarenta que morreu e ficou presa ao tesouro que escondeu em vida e só se liberta após passar o antigo tesouro a outra pessoa. 

Segundo o Sr. Moacir Ramos de Joaquim Távora, quando se encontra o tesouro, não se pode pegar tudo, tem que deixar três moedas no lugar, isso para que a maldição do tesouro não te acompanhe e você não morra antes do tempo.

O referido Sr. quando jovem vivia procurando por estes tesouros e torcendo para que alguma assombração lhe aparecesse e contasse onde estava o ouro. Inclusive ficou sabendo que na estrada de baixo do Bairro do Joá, em Joaquim Távora, algumas pessoas viam a noite uma aparição. 

Moacir não teve dúvidas, pegou o enxadão e foi perambular pelo local à meia noite. Enquanto caminhava pela estrada ouviu passos atrás de si, quando virou as costas tinha um ser espiritual de meia estatura, coberto de um véu. 

O ser questionou Moacir, o que você está fazendo aqui sem ter sido chamado? Seu Moacir respondeu: eu vim para desenterrar o ouro. Onde está o ouro? A assombração lhe disse: não há nada pra você aqui. E desapareceu parecendo entrar em um barranco.

Abaixo colaciono interessante lenda platinense descrita no blog Oceano de Letras.  Leia na íntegra:

SANTO ANTÔNIO DA PLATINA


A panela de ouro

Nesse tempo João ficava com a viola tocando e cantando. A mulher sempre falava:
– Vem trabalhar!
Ele respondia:
– Ah! Não me importo!

Ela ia sempre na mina buscar água e passava por uma touceira de bananeiras, onde havia uma panela cheia de marimbondos que quando a viam se alvoroçavam.

– João! o homem vai tirar a gente daqui. Vamos ficar sem casa e sem trabalho!

E ele respondia:

– Ah, que importa!

A cada resposta desta, a mulher pensava:

– Ah, você me paga!

Um dia a mulher perdeu a paciência, foi ao bananal, pegou um pano e fez uma rodilha sobre a cabeça, pôs a panela de marimbondos e correu para casa, jogando a panela sobre seu marido. Ela saiu correndo e o marido que vinha atrás, gritava:

– Volta, Maria, venha ver!

Quando a alcançou, trouxe-a pra casa, mostrando que os marimbondos haviam se transformado em ouro.

– Não falei que não carecia de se importar. A fortuna caiu aqui, bem em cima de mim!

Fonte:
Renato Augusto Carneiro Jr. (coordenador). Lendas e Contos Populares do Paraná. 21. ed. Curitiba : Secretaria de Estado da Cultura , 2005. (Cadernos Paraná da Gente 3).

domingo, 5 de junho de 2022

Histórico do Movimento Popular para Criação do Parque Vale da Pirambeira

Havia já uma ideia antiga de transformar o Vale da Pirambeira em Parque Ecológico, compartilhada por vários cidadãos tavorenses.Inclusive eu, em época anterior a esse movimento, quando minha tia (in memorian) Ana Alge realizada um trabalho junto a prefeitura de Joaquim Távora, apresentei um projeto sucinto para a criação de um parque no Vale da Pirambeira... porém, as autoridades municipais nunca se atentaram para a potencialidade do local, o qual fica a menos de setecentos metros do centro da cidade. 

Na infância fui introduzido nas belezas do Vale da Pirambeira pelo Dário Kupinsk. Íamos nos aventurar por lá. Muito tempo se passou e, em 2013 novamente fui ao local. Agora adulto, percebendo a grande beleza do local e também a grande poluição, pensava numa maneira de ajudar a recuperar e preservar o lugar.

Dois anos depois, em agosto de 2015, o poeta Flávio Cuervo organizou pelas redes sociais o evento I Expedição ao Vale da Pirambeira, da qual foram participantes: o advogado André Alge Balestra Tressoldi e o artista plástico José Carlos Arantes. 

A partir desse encontro, fiquei animado com a existência de mais pessoas que gostavam e conheciam o lugar. Aí começamos um movimento popular que engajou parte da população.

Foi um projeto de lei de iniciativa popular que recolheu mais de 1160 assinaturas. Paramos de recolher assinaturas antes do prazo pois, era necessário apenas 5% do eleitorado, mas se continuássemos com certeza aproximadamente 80% da população assinaria.

Aqui faço um parenteses para agradecer as pessoas que ajudaram mais diretamente. Além dos dois nomes citados acima, agradeço ao Marcos Karbiaki, Rudy de Sousa e Dângelo Calesso, especialmente por terem ajudado na confecção da trilha e ajudado na colheira de assinaturas. Agradeço também ao Grupo Águia, que também ajudou na colheira de assinaturas. Por fim, todos os que assinaram a petição são também autores do projeto e merecem agradecimento.

Pretendo colocar aqui, para conhecimento público, os projetos e documentos apresentados às autoridades e o histórico do projeto de lei de iniciativa popular.

Atualmente, na gestão do prefeito Vilela está sendo construído um belo mirante na parte de cima do local. Porém, a poluição das águas que correm ao Vale da Pirambeira é um problema a ser resolvido.


Projeto de Lei de Iniciativa Popular.

Justificativa do Projeto

Ficha utilizada para coleta de assinatura

Fiquei muito feliz quando soube que Tiago de Lima Correa, cursando biologia na UENP fez seu trabalho de conclusão do curso analisando o processo de degradação e poluição das águas no Vale da Pirambeira. Vale muito a leitura. Pra quem quiser se aprofundar deixo abaixo o link.

O processo de degradação ambiental do Vale da Pirambeira

Abaixo seguem as notícias de jornais relacionadas ao Vale da Pirambeira. Ps. existem mais notícias em relação ao tema, só coloquei algumas para servir de diretriz ao pesquisador.

JT Ligado 2015

Folha de Londrina 2016

Blog do Chaguinhas 2016

Folha de Londrina 2017

Folha de Londrina 25/04/2017

Vídeos

Imagens aéreas Canal Aventure-se

Principais Belezas

II Expedição ao Vale

Vamos restaurar o Vale da Pirambeira

Fenda dos morcegos

quarta-feira, 21 de abril de 2021

Casa Centenária - Joaquim Távora/PR



No Bairro dos Domingues, município tavorense, encontra-se essa casa centenária. Construída pelo antigo proprietário da fazenda Jacutinga.
Interessante notar que as grandes pedras do alicerce foram cortadas pelos funcionários do dono original em um paredão próximo e transportadas (arrastadas) em cima de couro de boi. 
Muito interessante edificação! 
Por ficar bem próxima à divisa do Município de Siqueira Campos e o seu atual proprietário ser de lá, muitos acham que se situa naquele território, entretanto, está incontestavelmente dentro das divisas tavorenses. Faz vizinhança a produtores premiados de café.
Perdão pelas poucas informações. Entretanto, vale a visita e os Municípios e até mesmo o proprietário poderia aproveitar esta bela parte da história regional como turismo rural.
O neto do antigo proprietário afirma que a casa conta com 100 anos, além de ter muita história pra contar.





Fotos:30/01/2021.
 

sábado, 28 de março de 2020

Casa Interessante - JT



Gosto de fotografar e mostrar algumas casas que considero interessantes. São retratos de um tempo que já foi, inspiram algo de bom. Além retratar fenômenos históricos importantes, como o êxodo rural, por exemplo.







quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Maior Crucifixo da América Latina - Joaquim Távora/PR


Com quatro metros de base e quinze metros de altura o Crucifixo dedicado à devoção do Santíssimo Nome de Jesus é considerado o maior da América Latina. Lembrando que crucifixo é diferente de cruz ou cruzeiro, visto que naquele a imagem de Jesus é também afixada na cruz.

Localiza-se na rua das Figueiras, Bairro Antena, Joaquim Távora/PR e pertence à Diocese de Jacarezinho e integra a Rota do Rosário


Tudo começou no ano de 2014, quando alguns fieis em diferentes lugares começaram a ter visões e sonhos sobre um local que ao se colocar uma cruz atrairia uma multidão. As visões foram pouco a pouco se confirmando até a construção da cruz e a realização da Missa Votiva todo o dia três de cada mês.

Atualmente o santuário está em fase de construção, concomitante a isso, as missas e as atividades religiosas estão em pleno vapor.









Caminhada da Fé em janeiro de 2019.






terça-feira, 27 de agosto de 2019

Cemitério Abandonado dos Poloneses - Joaquim Távora/PR

No bairro Nova Varsóvia, zona rural do Município de Joaquim Távora, perto do clube de campo Caça e Pesca, há um pequeno cemitério abandonado, no qual eram enterrados poloneses e lituanos, os quais formavam uma pequena colônia no tempo da imigração europeia ao Brasil. Uma pena estar abandonado e se deteriorando, nem mesmo os parentes dos falecidos o preservaram. Poderia ter uma preservação mínima e ser tombado patrimônio histórico cultural do Município, já que representa importante história da imigração, entretanto, a mentalidade de nossos governos e até de grande parte dos cidadãos não se importa com esse tipo de coisa, a qual é essencial para se construir a identidade de um povo. Portanto, onde há ignorância a ignorância permanece.







segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Lenda do Milagroso - Joaquim Távora/PR


Contam que antigamente, veio um pedinte ou andante vindo pela estrada e quando chegou em Joaquim Távora, dirigiu-se à propriedade da Sra. Eleodora, que, por medo de tuberculose ou outras doenças contagiosas, deu uma caneca ao pedinte e mandou que fosse até o córrego tomar água. Acontece que antes de chegar ao córrego o mendigo morreu. A partir daí o povo começou a falar que ele morreu de sede.
 

O fato da morte não é lenda, é verdadeiro, já que me foi contado pela própria neta de Eleodora e conformado por vários tavorenses. Inclusive foi a mesma Eleodora, que se encarregou de providenciar um túmulo para o corpo do infeliz. 

A parte da lenda é a seguinte: naquela época, por fatores religiosas, algumas pessoas não tinham a benção de ser enterradas no cemitério, motivo pelo qual o Milagroso foi enterrado fora do Campo Santo Tavorense. 

Só que durante uma seca muito grande, resolveram tirar os restos mortais do defunto e transportá-lo ao cemitério, mas a surpresa foi geral pois, mesmo ante a famigerada seca, havia água por baixo da sepultura do nosso personagem.

A partir daí, pelo fato de o povo falar que ele morreu de sede e pelo fato de haver água debaixo de sua sepultura, começaram com o costume de levar água em garrafas no túmulo do Milagroso. Até o dia de hoje, ano de 2019 já, há no túmulo deste senhor garrafas de água levadas por crentes e pedidos de orações. Inclusive a quem diga que até recebeu graças pela intercessão do Milagroso.
















































































































































sábado, 4 de agosto de 2018

ENORME POTENCIAL TURÍSTICO NO RAMAL PARANAPANEMA ENTRE AS ESTAÇÕES DE JOAQUIM TÁVORA A MARQUÊS DOS REIS -PR



Entre Joaquim Távora e Marquês dos Reis, no ramal do Paranapanema, há quatro estações reconstruídas. Foram reconstruídas porque todas elas foram tombadas patrimônio histórico do Estado do Paraná. São elas: Estação Ferroviária de Joaquim Távora, Estação Platina, Estação de Jacarezinho e a Estação Marquês dos Reis.

Curioso que a única destas estações que é de madeira é a de Joaquim Távora.  Ainda no mesmo trecho há dois túneis construídos com pedras e uma ponte férrea sobre o Rio Jacaré.

A ferrovia foi privatizada pelo Governo Fernando Henrique e ficou abandonada pela concessionária.

O Potencial Turístico é imenso. Se houver uma aliança entre os Municípios do Ramal, o Estado e o Governo Federal dá para se criar um grande projeto turístico, aliados ao já em voga projeto Angra Doce. Deixamos aqui como registro e torcemos para alguém se sensibilizar com a questão.

Dessas quatro estações a única que está sendo utilizada é a de Joaquim Távora, pois é sede do Departamento de Cultura. A de Jacarezinho e Marquês dos Reis estão inutilizadas. A da Platina está cedida a um artesão local.

Saiba mais sobre a história das estações e sobre o tombamento acessando os links abaixo:




Marquês dos Reis
Platina
Túnel próximo a Conselheiro Zacarias





Túnel Próximo à Platina


Jacarezinho


Estação de Joaquim Távora por Ariel
Ponte Férrea sobre o Rio Jacaré




sexta-feira, 3 de agosto de 2018

A Peroba Ancestral - Joaquim Távora-PR

 A peroba era muito recorrente no Município de Joaquim Távora/PR. Há descrição de Romário Martins, quando aqui esteve em 1924, que revela a grande quantidade existente na época:  

São na verdade admiráveis as florestas de peroba. Em uma faixa extensa, quase interminável, erguem-se milhares desses troncos de considerável diâmetro e altura, com suas frondes lá no alto, de folha meuda, sobre galhos retorcidos que se abrem para o sol. Enfileiram-se muito juntos dominando a matta. Assim erguidos, parecem indicar uma cultura adrede preparada, que muitas dezenas de anos de chuva e sol fizeram vingar, plenos de viço. MARTINS, Romário. Sertão em Flor: o Paraná Cafeeiro – parte IVO Dia, Curitiba-PR, pp.01 e 08, 22 jun. 1924.

Esta descrição se deu em visita do historiador a Joaquim Távora de outrora, quando ainda se chamava Afonso Camargo.O antagônico é que não há em nenhuma praça do Município sequer um pé desta imponente e importante espécie, que se doou para fazer muitas casas, era exportada para São Paulo entre outros lugares. Com certeza a peroba deveria ser adotada como um dos símbolos da cidade, pois, havia muitos bosques da mesma na região. Hoje, a mais grossa que se conhece é esta das fotos que deve ter aproximadamente 150 anos. Fica nas margens do rio Jacaré, e, talvez por sua localização difícil foi deixada de lado pelos lenhadores de então.





sábado, 30 de junho de 2018

Vale da Pirambeira - Joaquim Távora-PR


Adjacente à Rodovia Parigot de Souza, (PR-092), mais especificamente entre os Kms 329/330, a menos de quinhentos metros da cidade se localiza um cânion natural de grande beleza cênica. São ao todo cinco quedas de água, sendo três bem próximas umas das outras. Há também um túnel de pedras natural, uma pequena gruta, pedras imensas, formando cenários incríveis, entre outras coisas, inclusive vegetações interessantes. Infelizmente apenas uma cachoeira não está poluída, isso porque é um pouco mais afastada das demais. Já foi realizado projeto de lei de iniciativa popular para despoluir o local e o transformar em parque ecológico de visitação. Foram conseguidas 1160 assinaturas de eleitores tavorenses e entregue o projeto ao poder executivo. Aguarda-se definição do poder público a respeito. É uma pena que tal joia da natureza esteja negligenciada e maltratada com poluição e descaso. Poderia o Vale da Pirambeira ser um atrativo turístico da cidade e um local de passeio para os tavorenses, caso fosse investido um pouco na elaboração de trilhas e mirantes. Mesmo com as águas poluídas, vale muito a visitação, pois as belezas existentes no local amenizam um pouco o cenário caótico de poluição. Um dia esta realidade mudará e será criado o Parque Vale da Pirambeira!

Ps. Há muitas belezas no Vale da Pirambeira que não foram colocadas aqui, portanto, recomendo que conheçam pessoalmente.