sexta-feira, 3 de abril de 2020

Influências Perniciosas


           
Um garoto com sobrancelha estilosamente desenhada fez surgir em minha mente a pergunta: de onde viria essa tendência?  Pensei na influencia dos jogadores de futebol, nos cantores de funk carioca, nas celebridades, nos manos da vida.
A informação supérflua passa rapidamente e, na aldeia globalizada, querem que você seja robô, mas só por certo tempo (enquanto durarem os estoques), quando se tem que mudar a aparência do robô, mas continua internamente robô.

Será que tal fenômeno realmente é uma coisa boa ou será que nos revela um mimetismo  inato ao ser humano? Isso se dá também com a moda, com estilos de maquiagem, com novelas, enfim, várias facetas midiáticas. Portanto a pergunta é: Por que é tão difícil ao ser humano ser original? Ou então, por que querem se identificar com outra pessoa, com outra vida? Bom, talvez suas vidas não tenham tanta graça assim (mas isso é outra questão).

Carl Jung alertou sobre os perigos da coletividade, ou melhor, do pensamento coletivo de massa. Em seus estudos concluiu que esse pensamento de massa foi a razão de diversas atrocidades, perseguições, preconceitos, exacerbação do poder, guerras, etc.

Jung também afirmou que o pensamento individual de uma pessoa média supera em muito o pensamento coletivo, isso porque a coletividade tende à idiotização.

Seria bom o ser humano  perguntar-se de vez em  quando, de onde vem essa tendência, será que isso me serve, ou o que querem com isso?

A maior ironia é que as  pessoas  querem ter seu  estilo próprio, entretanto, passam, consciente  ou inconscientemente, a copiar modelos ou paradigmas.

Se fôssemos originais ou buscássemos com mais empenho a originalidade o mundo certamente estaria mais evoluído em tecnologia e em relações sociais.


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