Contam que antigamente, veio um pedinte ou andante vindo pela estrada e quando chegou em Joaquim Távora, dirigiu-se à propriedade da Sra. Eleodora, que, por medo de tuberculose ou outras doenças contagiosas, deu uma caneca ao pedinte e mandou que fosse até o córrego tomar água. Acontece que antes de chegar ao córrego o mendigo morreu. A partir daí o povo começou a falar que ele morreu de sede.
O fato da morte não é lenda, é verdadeiro, já que me foi contado pela própria neta de Eleodora e conformado por vários tavorenses. Inclusive foi a mesma Eleodora, que se encarregou de providenciar um túmulo para o corpo do infeliz.
A parte da lenda é a seguinte: naquela época, por fatores religiosas, algumas pessoas não tinham a benção de ser enterradas no cemitério, motivo pelo qual o Milagroso foi enterrado fora do Campo Santo Tavorense.
Só que durante uma seca muito grande, resolveram tirar os restos mortais do defunto e transportá-lo ao cemitério, mas a surpresa foi geral pois, mesmo ante a famigerada seca, havia água por baixo da sepultura do nosso personagem.
A partir daí, pelo fato de o povo falar que ele morreu de sede e pelo fato de haver água debaixo de sua sepultura, começaram com o costume de levar água em garrafas no túmulo do Milagroso. Até o dia de hoje, ano de 2019 já, há no túmulo deste senhor garrafas de água levadas por crentes e pedidos de orações. Inclusive a quem diga que até recebeu graças pela intercessão do Milagroso.
Construída no ano de 1884 (segundo relatos), a Capela Santa Terezinha, é uma arquitetura de influência típica alemã, já que tal capela fazia parte da Fazenda Três Fontes ou dos Alemães, como era conhecida, e seu proprietário era o Sr. Willy Hauer. Ficou por trinta anos abandonada. Atualmente, por um sonho premonitório da mulher do religioso Sinval, as atividades religiosas estão acontecendo, na tentativa de restaurar o local e erigir um Santuário a Santa Terezinha.
Próximo às margens da rodovia Régis Miranda Revelido, jaz, em ruínas, a antiga sede da Fazenda Três Fontes, conhecida também por Fazenda dos Alemães, devido ao fato de o seu antigo dono ser dessa etnia. O seu antigo proprietário chamava-se Willy Hauer e, provavelmente, é da mesma família que cedeu seu nome ao conhecido Bairro Hauer de Curitiba. Pela estrutura das ruínas era uma imensa fazenda produtora de café. Alguns populares afirmam que existia até senzala. Porém não afirmamos com certeza esta informação em razão de que tal afirmação deve seguir a pesquisa mais minuciosa, apesar de que é provado historicamente que houve escravidão negra no norte pioneiro do Paraná. É uma bela estrutura, construída com tijolos batidos e poderia ser transformada em parque histórico turístico (a exemplo de Carambeí/PR) ou em um centro de eventos. Entretanto, está praticamente abandonado. Fica aqui o registro.
