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segunda-feira, 26 de agosto de 2024
Oração Contra o Medo, a Ansiedade e o Pânico
segunda-feira, 8 de abril de 2024
Santa Tita - Primeira Santa da Igreja Ortodoxa Ucraniana da América Latina
Ícone Santa Tita e as 8 Crianças |
Em 4 de abril de 1986, na Colônia São Miguel, em Joaquim Távora, enquanto lecionava, o botijão de gás que Maria utilizava em um fogareiro para preparar a sopa para o lanche de seus treze alunos, posicionado na única porta da escola, transformou-se acidentalmente em um lança-chamas, que acabou por incendiar a sala da escola, a qual era feita de madeira. No entanto, a professora, com o fim de salvar seus alunos, se recusou a deixar o local, conseguindo assim passar as cinco crianças menores pela janela, mas as outras oito não. Maria Beruski morreu carbonizada junto dos últimos oito alunos e entre os escombros da sala foi encontrado seu corpo, abraçada com as crianças.[4] Além da professora, as vítimas fatais eram: Tereza Luiz Rosa, de 13 anos, Carlos Luiz Rosa, de 11, Amaury M. de Queiroz, 9, Lucélia Glomba, de 8 anos, Lucimeire Borandelik, 8, Salomão Bachtich, 8, Laert Luiz Rosa, 7, e Alexandra Marim[5], de 7 anos.[6] Como o desastre teve grande impacto na região, os moradores locais começaram a orar pelas vítimas e pedir sua interseção, em culto privado, criando, dessa forma, um vínculo religioso de devoção e santidade popular, sobretudo em torno de Maria Aparecida Beruski. (Wikipédia 2023)
Maria Aparecida Beruski (Santa Tita) |
"A escola era como se fosse um salão. De repente, a botija explodiu e as chamas se espalharam muito rapidamente. O calor era insuportável. Eu era um garoto muito ligeiro e consegui sair por uma pequena janela. Já do lado de fora, puxei outros colegas. Mas, infelizmente, não foram todos que conseguiram fugir'', relembra o agricultor Celso Leonel Carvalho. Na época, ele tinha 12 anos e foi a primeira das cinco crianças que conseguiram se salvar. (Blog Universo Ucraniano)
''Ela tinha 27 anos. Era uma pessoa muito bondosa. Amava seus alunos. Já faz algum tempo, mas para nós parece que a tragédia aconteceu ontem. Minha sobrinha deu a vida por seus alunos. Vendo o prédio pegar fogo, ela preferiu ficar com as crianças, ajudando a salvar algumas, do que fugir das chamas. É uma mártir, mas agora o nosso bispo quer canonizá-la'', comenta Maria Miskalo. (Blog Universo Ucraniano)
Túmulo de Maria Beruski e seus alunos. |
Após sua morte, Maria passou a ser localmente venerada como uma mártir, tanto por seu extremo exemplo de amor como pelos milagres que foram relatados em seu túmulo, em Joaquim Távora. Em 2007, Dom Jeremias Ferens relatou que sua diocese havia reunido diversos relatos de milagres em uma hagiografia, entre eles os casos de uma pessoa curada de alergia e de uma criança que tomou querosene por engano e escapou da morte, e planejava encaminhar o processo de sua glorificação junto com o das oito crianças que morreram com ela, o que faria dela a primeira santa ortodoxa latino-americana formalmente glorificada, a ser comemorada no dia 4 de abril. (Wikipédia 2023)
Pe. em visita ao sepulcro |
Caso queira se aprofundar mais recomento um interessante Estudo sobre o processo de canonização de Santa Tita.
Adendos
Melnik 2017 afirma que Maria Aparecida Beruski está no processo de canonização pela Igreja Ortodoxa, ou seja, ainda não é santa pelas diretrizes oficiais dessa instituição.
Não encontrei informações atualizadas sobre se o processo de canonização foi concluído ou não.
Infelizmente, segundo Melnik (2017) o dossiê do processo do processo de canonização não permite acesso público.
Referências:
https://tcconline.utp.br/media/tcc/2018/10/O-PODER-DA-RELIGIOSIDADE-POPULAR.pdf
https://ucrania-mozambique.blogspot.com/2007/10/ucraniana-primeira-santa-da-amrica.html
https://www.johnsanidopoulos.com/2018/04/maria-berushko-of-brazil-and-eight.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Aparecida_Beruski
Correio de Notícias 5/4/1986 |
quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024
As diferenças entre os "Monges" João Maria de Agostini, João Maria de Jesus e José Maria de Agostinho
Foto tirada em Havana, Cuba em 1861 |
João Maria de Agostini. De origem italiana, chegou às Américas em 1838, vivendo em várias regiões do Brasil, incluindo o Rio de Janeiro, Santos, Sorocaba e Rio Grande do Sul, onde introduziu o culto a Santo Antão. Sua prisão foi decretada em 1848, forçando-o a se refugiar. Retornou à província em 1851, enfrentando conflitos devido a seu discurso contra a escravidão. Buscou passaporte para o Paraguai em 1852, sendo avisado para deixar a província em 30 dias ou enfrentaria prisão e deportação. Seu paradeiro, foi revelado por informações de dois livros. Após deixar o Brasil, passou por Paraguai, Argentina, Chile, Bolívia, Lago Titicaca, Peru e América Central, sendo preso no México em 1859. Deportado para Cuba, foi recebido com entusiasmo e tirou uma famosa foto em Havana. Viajou para Nova York, Canadá e, finalmente, para o Oeste dos EUA. Viveu como eremita no Novo México até 1867, quando se dirigiu para Mesilla, onde foi assassinado em abril de 1869 por possíveis índios Apaches em guerra contra a ocupação branca. Seu corpo está enterrado no cemitério católico de Mesilla, a 80 quilômetros da fronteira com o México.
José Maria e suas virgens videntes. |
Quadros Santos representava uma praça de formato retangular onde uma igreja estava situada, e em cada um dos quatro cantos, grandes cruzeiros marcavam pontos significativos ao redor dela. A formação dos redutos resultava na criação de uma irmandade.
Quanto aos Pares de França, constituíam uma unidade de elite, composta por vinte e quatro cavaleiros altamente equipados, montando cavalos brancos ricamente adornados. Durante os confrontos, carregavam consigo um estandarte branco ou de outra cor, destacando uma cruz no centro.
sexta-feira, 12 de janeiro de 2024
O homem das sete orelhas. Um retrato do massacre dos indígenas. SAP/PR
A história ou relato que descreverei narra o quadro das caçadas que eram promovidas pelos ditos "desbravadores" e colonizadores destas terras do Norte Pioneiro do Paraná contra os índios caingangues, também chamados de bugres pelos habitantes locais. Uma realidade sangrenta e cruel, até impiedosa, e que muitas vezes é omitida do conhecimento popular. Vejamos:
O Homem das Sete Orelhas
Por volta de 1880, chegava a Santo Antônio da Platina uma família vinda de Fartura, Estado de São Paulo, para a conquista das terras adquiridas do Governo Imperial. Estabeleceram-se na atual Fazenda Santa Joana. Derrubaram a mata, plantaram e construíram suas casas.
No começo, os índios não incomodavam, mas depois começou a surgirem conflitos.
João Francisco, um ex-escravo que morava com a família, era um homem bravo, temido por todos. Quando havia caçada aos índios, a prova da morte era trazer a orelha direita do índio morto. “As orelhas eram cortadas e colocadas num canudo de taquara.”
Conta-se que a matriarca da família certa vez estava fiando, em seu sítio, quando chegou João Francisco e despejou em seu colo os troféus nefastos. Estava grávida e com o susto que levou, abortou.
O “sete orelhas” era pessoa temida pelas crianças e adultos mais inocentes, na época antiga.
Fonte: Pioneiros e Desbravadores de Santo Antônio da Platina. Ficha preenchida por Ivone Mendes de Souza Tanko, livro Contos e Lendas Populares do Paraná.
sexta-feira, 5 de janeiro de 2024
A CRUZ QUE BROTOU - São Jerônimo da Serra/PR
quinta-feira, 21 de dezembro de 2023
A Aparição do Bode de Olhos de Fogo em São José da Boa Vista
Confira o relato:
Na cidade de São José da Boa Vista, envolta pelas sombras das frias madrugadas de inverno, uma criatura singular e enigmática deixou sua marca na memória dos habitantes. Entre diversos moradores sussurrava-se sobre um ser peculiar, um ser híbrido com corpo de bode e patas de cachorro.
Seus chifres imponentes cortavam o ar, emoldurando olhos misteriosos que pareciam arder em brasas, conferindo-lhe um semblante sobrenatural. Testemunhas, das mais devotas aos mais céticos, foram cativadas por essa presença inexplicável, desafiando suas convicções e despertando um fascínio entrelaçado com receio.
Como uma pintura vívida, esse ser transcendia as fronteiras entre a realidade e a fantasia, mesclando-se à névoa do folclore local. Seus passos ecoaram pelas ruas, deixando um rastro de mistério e incerteza, alimentando as conversas e provocando um encantamento tingido pela sombra do desconhecido.
A aparição desse ser enigmático, adornada por detalhes singulares e descrita por testemunhas tão diversas, fez brotar uma espécie de fascínio sobre os relatos, criando assim um capítulo pitoresco na história dessa comunidade.
Fonte: Adaptado de Lenda Urbana de SJBV por José Ricardo da Silva, no site do Município de São José da Boa Vista/PR.
domingo, 10 de dezembro de 2023
A Lenda da Panela de Ouro - Joaquim Távora e Santo Antônio da Platina/PR
São muitas as facetas desta lenda. Uma é que ou vem alguma visagem ou pessoa falecida ou assombração lhe contar em um sonho ou pessoalmente onde se localiza o tesouro.
Aí a pessoa precisa ir à meia noite sozinha naquele local, ou então com três pessoas. É proibido ir em duas pessoas visto que o bicho-feio as atenta para uma matar a outra por causa do ouro.
Além disso, durante o desenterro da panela começam a aparecer sons de porcos, abelhas, marimbondos, e diversas assombrações para testar a pessoa que vai se apoderar do tesouro, a maioria corre e deixa o tesouro para trás mas, os corajosos o desenterram e ficam ricos.
Na maioria dos casos trata-se de uma alma avarenta que morreu e ficou presa ao tesouro que escondeu em vida e só se liberta após passar o antigo tesouro a outra pessoa.
Segundo o Sr. Moacir Ramos de Joaquim Távora, quando se encontra o tesouro, não se pode pegar tudo, tem que deixar três moedas no lugar, isso para que a maldição do tesouro não te acompanhe e você não morra antes do tempo.
O referido Sr. quando jovem vivia procurando por estes tesouros e torcendo para que alguma assombração lhe aparecesse e contasse onde estava o ouro. Inclusive ficou sabendo que na estrada de baixo do Bairro do Joá, em Joaquim Távora, algumas pessoas viam a noite uma aparição.
Moacir não teve dúvidas, pegou o enxadão e foi perambular pelo local à meia noite. Enquanto caminhava pela estrada ouviu passos atrás de si, quando virou as costas tinha um ser espiritual de meia estatura, coberto de um véu.
O ser questionou Moacir, o que você está fazendo aqui sem ter sido chamado? Seu Moacir respondeu: eu vim para desenterrar o ouro. Onde está o ouro? A assombração lhe disse: não há nada pra você aqui. E desapareceu parecendo entrar em um barranco.
Abaixo colaciono interessante lenda platinense descrita no blog Oceano de Letras. Leia na íntegra:
SANTO ANTÔNIO DA PLATINA
A panela de ouro
Nesse tempo João ficava com a viola tocando e cantando. A mulher sempre falava:
– Vem trabalhar!
Ele respondia:
– Ah! Não me importo!
Ela ia sempre na mina buscar água e passava por uma touceira de bananeiras, onde havia uma panela cheia de marimbondos que quando a viam se alvoroçavam.
– João! o homem vai tirar a gente daqui. Vamos ficar sem casa e sem trabalho!
E ele respondia:
– Ah, que importa!
A cada resposta desta, a mulher pensava:
– Ah, você me paga!
Um dia a mulher perdeu a paciência, foi ao bananal, pegou um pano e fez uma rodilha sobre a cabeça, pôs a panela de marimbondos e correu para casa, jogando a panela sobre seu marido. Ela saiu correndo e o marido que vinha atrás, gritava:
– Volta, Maria, venha ver!
Quando a alcançou, trouxe-a pra casa, mostrando que os marimbondos haviam se transformado em ouro.
– Não falei que não carecia de se importar. A fortuna caiu aqui, bem em cima de mim!
Fonte:
Renato Augusto Carneiro Jr. (coordenador). Lendas e Contos Populares do Paraná. 21. ed. Curitiba : Secretaria de Estado da Cultura , 2005. (Cadernos Paraná da Gente 3).
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